A partir de 2026, a lucratividade da safra dependerá da capacidade de gerenciar notas fiscais.
No sistema de não cumulatividade, o imposto deixa de ser um custo fixo e vira uma conta matemática.
Se você comprar de fornecedores irregulares, pagará o imposto cheio na venda, corroendo sua margem. O segredo para sobreviver financeiramente é implementar uma gestão rigorosa.
Entenda aqui o que muda:
Auditoria de fornecedores é obrigatória
A primeira regra do método é conhecer quem te vende. O crédito que abate seu imposto só existe se o fornecedor for contribuinte e recolher o tributo dele.
Pontos de atenção na compra:
Simples Nacional: Empresas neste regime podem não gerar crédito integral, encarecendo sua operação.
Regularidade: Se o fornecedor não tiver certidão negativa em dia, a receita pode bloquear seu crédito.
Formalização: Compras sem nota fiscal significam perda de 100% do crédito tributário.
Rastreabilidade da Nota Fiscal (NF-e)
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) terá novos campos obrigatórios em 2026 para destacar as alíquotas de IBS e CBS. Antes de validar a nota, você precisa entender o benefício exclusivo do setor:
A legislação prevê uma redução de 60% na alíquota para insumos agropecuários essenciais.
A Regra: Insumos como fertilizantes, sementes e defensivos listados no Anexo IX não pagam a alíquota cheia (estimada em 26,5%).
O Benefício: Eles são tributados com um desconto de 60%, resultando em uma alíquota efetiva próxima de 10,6%.
O método seguro exige conferir se os códigos de tributação (CST) e a classificação fiscal (NCM) refletem esse benefício na entrada.
Separação radical de Despesas: PF x PJ
A mistura de contas pessoais com as da fazenda será decisiva.
Gastos pessoais não geram crédito tributário e contaminam a base de cálculo. O método exige segregar contas bancárias e documentos com rigor.
O que gera crédito válido:
Insumos (sementes, defensivos);
Máquinas e equipamentos;
Serviços ligados à produção.
Controle de Estoque e Uso
O método eficiente cruza a entrada da nota fiscal com a entrada real no estoque. Se há nota fiscal de insumo, tem que haver o produto correspondente.
Essa conciliação prova ao fisco que a operação existiu e valida o crédito.
Manter o controle de estoque atualizado deixa de ser capricho e vira obrigação para sustentar seus créditos em uma eventual fiscalização, evitando multas pesadas por apropriação indevida.
Organizar a entrada de notas e auditar fornecedores é o único caminho para proteger a margem.
O trabalho manual de conferência torna-se inviável com o volume de operações de uma safra. O risco de erro humano em planilhas é alto e custoso.
A automação é a chave para segurança fiscal.
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Dúvidas Frequentes
Posso usar créditos de compras antigas?
Não. O sistema de créditos vale para operações realizadas sob a vigência da nova lei, vinculadas à extinção do débito do fornecedor.
O que acontece se o fornecedor não pagar o imposto dele?
O crédito do adquirente está vinculado ao pagamento do fornecedor. Se ele não pagar, você pode ser impedido de aproveitar o crédito.
A nota fiscal muda visualmente?
Os campos novos de IBS e CBS estarão no arquivo digital (XML), mas podem não aparecer impressos na DANFE inicialmente.
Preciso mudar minha forma de comprar?
Sim. Você terá que calcular o "custo líquido" do insumo, considerando o crédito tributário que ele gera, e não apenas o preço de tabela.







